terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Sertão principia / Depois que acaba a terra/ Ou, sendo mais exato, / Onde começa a pedra (Marcus Accioly)

Às vezes nos esquecemos do quão assustadores são os vendavais noturnos que se abatem sobre o Morro-Grande. Despertamos assustados em plena madrugada, acossados pelos uivos em uníssono a varrer a casa, desafiando suas estruturas, suas paredes, seu telhado e alicerce. Objetos que desabam no quintal e na rua, portões e janelas que batem, a sensação de impotência diante da violência que sopra do vale. Tempos depois, se amaina a ferocidade e, ainda em sobressalto, procuramos voltar a dormir. A manhã que se aproxima será de frio, umidade e chuva.

Para apresentar ao Presidente da Academia, o projeto do concurso de redação: Monteiro Lobato-vida e obra, destinado aos estudantes do Ensino Fundamental II, o antigo Ginásio. Impressão de que estou exigindo demais dos alunos, afinal não estamos mais em 1980. A maioria dos estudantes de hoje não deve ter jamais ouvido falar do velho Bento, um dos maiores brasileiros da História.

Separados os textos para LAC. Deve estar a chegar mais alguma coisa, dado que as últimas que arrivaram foram postadas em 29/12. Há ainda, portanto, dias 30 e 31. De antemão posso assegurar que este foi o Araucária com o menor número de participantes. Criada uma categoria especial dedicada exclusivamente aos autores estrangeiros, o que empresta certa internacionalidade ao evento. Mais uma categoria, mais candidatos, custos maiores... Cento e vinte textos, exatos.

Conversa com Luporini sobre editoras e orçamentos. ainda em dúvida quanto à proposta da Multifoco. Sandálias saiu com 58 textos, Mar de Amares conta com 63, mais orelha e apresentação. Exceção ao prazo para ficar com os trinta exemplares, tudo está de acordo.

Abrir a porta do armário e de lá retirar uma malha de lã, em pleno mês de janeiro e em época de aquecimento global, não deixa de ser um privilégio.

Sandálias para Mildes e Furini. Peço a LAC um pequeno comentário a respeito para enviar à Editora.

Malosti achou bom o artigo. Sai no sábado.

Entrevista de Lívia Garcia-Roza, a sorpresa, no Leituras da TV Senado. Cumprimento-a.

Para o próximo artigo d' O Povo, devo trabalhar em algo sobre o fato de que os brasileiros lêem menos livros/ano do que os colombianos. Educação, educação, educação...

Tento defender Umberto Eco em uma conversa com dois loucos que sabem absolutamente tudo sobre a Segunda Guerra Mundial. A discussão começou com a questão envolvendo Lutero e seu desejo de exterminar os judeus. Ouvi algo do tipo Mas Hitler não inventou o anti-semitismo! Chegam a comparar o número total de mortos nos Balcãs e em Ruanda para dizer que o Holocausto tem um apelo de marketing muito mais forte junto ao mundo, em razão de as vítimas se constituírem de brancos e ricos europeus. Mas eu não estava falando disso, queria discutir Eco e Dan Brown, o Cemítério de Praga e O Nome da Rosa, Baudolino e A Ilha do Dia Anterior. Prefiro a Literatura à História. E Eco vai ter de perdoar  minha absoluta incapacidade de argumentação.   

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