Ao folhear Livro Sem Fim, de Rubem Alves (Edições Loyola), me peguei lendo, de uma só vez, quase vinte páginas. Interessantíssimo, com boas citações de Hesse, Nietzsche (inclusive o Zaratustra), Fernando Pessoa, Whitman e Manoel de Barros. Transcrevo um trecho: No ´País dos Saberes, há regras precisas que regulam a fala e a escrita. Regras claras, rigorosamente definidas. Quem tropeça é expulso. Para se entrar no ´País dos Saberes´ há de se passar por rituais de exame de linguagem. Tais rituais têm o nome de ´defesas de tese´. Nas defesas (evidentemente deve haver um ataque) seja de mestrado, seja de doutoramento, não se presta atenção no que o postulante à admissão diz. Mas se prestará rigorosa atenção no como ele o diz. Qualquer que é permitido desde que o como seja obedecido. Não importa o que o postulante escreveu; importa o seu domínio da gramática da linguagem do saber, científico ou filosófico.
Contrato com a Multifoco pronto para ser assinado e enviado. Vamos, pois de Mar de Amares, o terceiro filho.
Vinte e dois exemplares encomendados do Sandálias. Flávia sugere um lançamento para março ou abril, nas exposições da Secult. Mar de Amares será lançado na Biblioteca em fins de abril.
O Regulamento do Prêmio Monteiro Lobato de Redação Estudantil começa a circular pela Cidade. Deverá ser anunciado na reunião da Academia, no próximo dia 28.
Para Conti, d´O Povo, entrego As Veias Abertas da América Latina e quadrinhos vindos do Ceará. A coluna vai bem, e ando animado com a ideia da coletânea de artigos sobre Educação no final do ano.
Ainda o dia 28: se o canceroso ícone não puder, caberá a mim fazer a leitura do seu discurso de recepção do novo Acadêmico.
A Justiça Federal cassou a autorização dada pela Justiça de São José dos Campos de desapropriar os moradores que invadiram o assentamento do Pinheirinho. Houve comemorações. Os advogados dos donos da área questionam o fato de o processo ter sido enviado para Brasília quando nem todas as possibilidades de negociação em São José tinham ainda se esgotado. E o belo poema de Sílvio Prado, que neste espaço reproduzi, ficará como o símbolo da resistência do povaréu vitorioso.
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