sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Com as palavras, todo cuidado é pouco, mudam de opinião como as pessoas (José Saramago)

Ao folhear Livro Sem Fim, de Rubem Alves (Edições Loyola), me peguei lendo, de uma só vez, quase vinte páginas. Interessantíssimo, com boas citações de Hesse, Nietzsche (inclusive o Zaratustra), Fernando Pessoa, Whitman e Manoel de Barros. Transcrevo um trecho: No ´País dos Saberes, há regras precisas que regulam a fala e a escrita. Regras claras, rigorosamente definidas. Quem tropeça é expulso. Para se entrar no ´País dos Saberes´ há de se passar por rituais de exame de linguagem. Tais rituais têm o nome de ´defesas de tese´. Nas defesas (evidentemente deve haver um ataque) seja de mestrado, seja de doutoramento, não se presta atenção no que o postulante à admissão diz. Mas se prestará rigorosa atenção no como ele o diz. Qualquer que é permitido desde que o como seja obedecido. Não importa o que o postulante escreveu; importa o seu domínio da gramática da linguagem do saber, científico ou filosófico.

Contrato com a Multifoco pronto para ser assinado e enviado. Vamos, pois de Mar de Amares, o terceiro filho.

Vinte e dois exemplares encomendados do Sandálias. Flávia sugere um lançamento para março ou abril, nas exposições da Secult. Mar de Amares será lançado na Biblioteca em fins de abril.

O Regulamento do Prêmio Monteiro Lobato de Redação Estudantil começa a circular pela Cidade. Deverá ser anunciado na reunião da Academia, no próximo dia 28. 

Para Conti, d´O Povo, entrego As Veias Abertas da América Latina e quadrinhos vindos do Ceará. A coluna vai bem, e ando animado com a ideia da coletânea de artigos sobre Educação no final do ano.

Ainda o dia 28: se o canceroso ícone não puder, caberá a mim fazer a leitura do seu discurso de recepção do novo Acadêmico. 

A Justiça Federal cassou a autorização dada pela Justiça de São José dos Campos de desapropriar os moradores que invadiram o assentamento do Pinheirinho. Houve comemorações. Os advogados dos donos da área questionam o fato de o processo ter sido enviado para Brasília quando nem todas as possibilidades de negociação em São José tinham ainda se esgotado. E o belo poema de Sílvio Prado, que neste espaço reproduzi, ficará como o símbolo da resistência do povaréu vitorioso. 

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