quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Precisamos da tristeza para aprender a olhar para o céu (Inês Pedrosa)

Tenho pensado em voltar a reunir textos para um novo livro, denominado, talvez, Poesia Coxipó, poemas telúricos notadamente sobre Cuiabá e São Francisco Xavier, lugares onde escrevi bastante. Sessenta, sessenta e cinco textos, por um outro selo da Casa do Novo Autor. Ritelisa faria a contra-capa. Depois do Mar de Amares, cujo contrato, pelo visto, extraviou-se, passadas mais de três semanas de envio. Pensarei melhor no assunto.

À noite, Alceu no fone de ouvido, dançando um frevo mancado no meio do corredor, feliz pela diminuição da dor no tornozelo direito.

Um verso de Dailor para os guardados.

Cartas gentis de Inhapi, Nova Friburgo e Brasília. Tem gente que exagera: "sua poesia é de mestre". Ora, vá ver se eu estou na esquina, na falta de algo mais grave para dizer. De Monteiro Lobato, diferentemente dos outros comentários, a coisa veio com um revestimento maior de sinceridade. Eis minha resposta: "Querida Mah, fico feliz que você tenha feito estes comments. Foge do lugar-comum, sabe como é que é? Tem gente que fala que minha poesia "é de mestre". Ah, pelo amor de Deus vá se foder, se o sujeito não tem nada a dizer é melhor ficar calado. Já há algum tempo não me iludo com essa pretensão de me tornar o próximo escritor lusófono agraciado com o Nobel. No fundo, o que eu espero da Poesia é que ela me permita continuar vendo o mundo com olhos que me permitam armazenar ainda uma certa esperança. O fato de ler atentamente meu livro, e ainda comentar sobre ele, para mim, se constitui em uma declaração de amizade, que prezo e me proporciona alegria. Claro que discordo de uma ou outra coisa que você colocou, mas é aí que está a graça do negócio, você não acha? Então, ficamos assim. Outra coisa, não esquece de reservar para mim um exemplar do seu livro. A gente faz uma troca, eu te compro um e você compra o meu depois.  Abraço no seu valoroso pai, e um beijo pra ti".
Recebo um quase-convite para uma palestra na Universidade do Vale do Paraíba, aqui mesmo em Campos. Vou saber hoje, às 18:20h. Furini pede auxílio para trazer pra cá um grupo de artistas plásticos. Advirto sobre os custos, a falta de quórum e a baixa perspectiva de comercialização das obras. Drese vai a Montevidéu, para uma entrevista na TV, e diz que levará a micro-resenha que fiz sobre um de seus livros. A bem da verdade, nem me lembro direito o que é que escrevi.

Trabalho, muito trabalho.

Sem comentários:

Enviar um comentário