sábado, 11 de fevereiro de 2012

A luz de Lisboa só é especial quando chove. Com sol, qualquer cidade é bonita –é como a juventude nas mulheres. Difícil é manter o halo da beleza quando a cinza cobre tudo. É esta a dificuldade que Lisboa ultrapassa, como se nada fosse (Inês Pedrosa)

Não aceitarei assumir a Presidência do Conselho Municipal de Cultura pelo simples motivo de ter declinado, há menos de um mês, do convite para assumir a Presidência da Academia de Letras.  Questão de justiça, nada mais do que isso. Já a delegação da UBT é diferente, pelo simples fato de que a entidade não possui nada em Campos do Jordão, até o momento, e ser necessário implantar tudo, começar do zero. Um professor faz contato por e-mail falando do artigo no jornal e perguntando como fazer para ser membro da Academia. Sugiro-lhe um encontro para um café, e assim podermos falar a respeito. O próximo artigo já está pronto, chama-se “O Copo Está Meio Cheio Ou Meio Vazio?”, e fala do resultado obtido pelos estudantes de quinto e nono anos da Cidade no exame Prova Brasil, do Movimento Todos Pela Educação. Um artigo cheio de porcentagens e dados, que mostra ao final que 65% dos estudantes jordanenses não possuem o conhecimento mínimo esperado nas disciplinas de português e matemática que corresponda à série em que estão matriculados. Seria trágico, se não fosse pelo fato de estarmos melhores que Taubaté, Tremembé, Pindamonhangaba, Ubatuba (terrível, terrível) e Santo Antonio do Pinhal. Ou seja, a situação é mesmo desesperadora, com resultados tão medíocres.  Encerro o texto conclamando os pais e responsáveis a ajudar os professores a fazer de seus filhos pessoas melhores no futuro. Ou pelo menos, que saibam fazer as quatro operações sem grandes dificuldades. Confesso que a descrença, mais uma vez, me incomoda. Estou virando escravo do ceticismo. Volto para a Pedra Bonita.

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