terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

É a voz que Deus que habita nas crianças, nos passarinhos e nos tontos (Manoel de Barros)

De uma sentada, comecei e terminei a palestra sobre Ariano. Seis páginas. Qualquer dia, quando faltar assunto, registro aqui. Cheguei a sonhar com o paraibano mais pernambucano do Brasil. Fui me embrenhando entre matérias -algumas imprecisas-, entrevistas históricas, resenhas, biografias completas e resumidas, material que estava salvo nos computadores, introduções de livros e ensaios. Saiu bem bom, penso eu, e completo. Imagino que as pessoas sabem pouco sobre o biografado, de forma que se puder transmitir o máximo possível de informações, haverá maior interesse. De quebra preparei um cartaz, que pretendo levar às escolas juntamente com o regulamento do Prêmio Monteiro Lobato de Redação.  Ariano tem frases e conceitos memoráveis, e é uma pena que a maioria das pessoas desconheça. Acaba sendo um desperdício, dado que durante muito tempo se ateve a distribuir seu conhecimento nas universidades do Recife. Uma coisa que eu não falo no texto é sobre o Memorial da Pedra do Reino, construído em Belmonte, Pernambuco, cujo objetivo é atrair turistas e estudiosos. Apesar de uma iniciativa relevante do ponto de vista histórico, não vi importância para constar na biografia. Pode ser que, no meio da apresentação, acabe tocando no assunto, para aumentar quem sabe o tempo. Mas eu dizia das referências de Ariano. Destaquei um trecho do Sermão da Quarta-Feira de Cinzas, do Padre Vieira, que Ariano sabe de memória e citou em uma entrevista à revista Língua Portuguesa, de 2007: "Lembra-te homem de que és pó, e ao pó havereis de retornar. Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais, ambas grandes, ambas tristes, ambas certas, ambas temerosas, ambas de difícil entendimento... Uma é presente, a outra é futura, mas a futura os nossos olhos já podem vê-la, e a presente mão a alcança o nosso entendimento... E que duas coisas misteriosas são essas? Sois pó e em pó vos haveis de converter-vos. O pó futuro, o pó em que nos havemos de converter não precisa fé nem entendimento para o alcançar, basta assisti-lo em qualquer sepultura, aberta ou fechada, podereis pela prova de que vos digo. Que dizem aquelas letras que cobrem aquelas pedras? As letras dizem pó, as pedras cobrem pó, e tudo o que ali há é o nada que havemos de ser".  Vejamos o que nos espera em março: eleição na Academia; eleição do Conselho Municipal de Cultura; Palestra no dia 31; Viagem a Brasília, de 02 a 04; Exposição de Escritores Jordanenses, 17; Preparação para o lançamento de Mar de Amares, em abril; Divulgação do Monteiro Lobato de Redação. É coisa muita, digna de alguém que poderia muito bem dedicar-se somente a isto. Atualizarei o Nova Poesia Brasileira, hoje, com Gasparino José Romão, sonetista da melhor estirpe.

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