domingo, 8 de abril de 2012

Toda a minha vida é um grito e toda a minha obra é a interpretação desse grito (Hilda Hilst)

Domingo de Páscoa. No TG, chamadas diretas do Vaticano, onde são esperadas cem mil pessoas para a mensagem do Papa. Também na SIC, a grande movimentação católica. As pessoas entrevistadas, na Itália e em Portugal, em geral não viajarão por conta da crise. No Brasil, feriado prolongado. Campos do Jordão, me dizem, está menos lotada (ou mais vazia) do que o previsto. Se este feriado é o termômetro da temporada de inverno, como dizem, então a cidade tem motivos para se preocupar.

Se este é um Estado laico, então por qual motivo os feriados católicos são compulsórios? 

Sobre a Exposição 100 Anos de Titanic, na Biblioteca Municipal -um capricho do diretor da Casa: e os Titanics diários de nossa Cidade, quando começaremos a resolver?

Entrevista dispensável de Paul Auster no Caderno de Cultura do Estadão. 

Ainda a polêmica sobre o poema de Gunter Grass, antissemita e pró-Irã. Pouco diz respeito ao Brasil, ocupado demais em evitar o naufrágio do próprio umbigo.

Dulce Maria Cardoso é, segundo a Ilustrada, a "sensação da literatura portuguesa na atualidade", e confirmou presença na Flip deste ano. Outra sensação portuguesa? A cada ano temos uma nova?

Ainda a Folha: "Roth tece relato comovente sobre o pai". Trata-se do novo romance do autor americano, Patrimônio. Seja bem-vindo à confraria dos órfãos inconformados, Philip.

Da non perdere: coleção Folha Literatura Ibero-Americana. Tomara que suba a montanha.

Pál Schmitt, presidente da Hungria eleito em 2010, renunciou ao mandato após ter sido comprovado que ele plagiou alguns trechos de outros autores em sua tese de doutorado, em 1992. Mais do que um exemplo, a impressão de que ainda falta muito, mas muito mesmo, para sermos um país minimamente competitivo. Pelo menos no que se refere à dignidade.

"O que sobra é a impressão de que o governo não sabe o que está faltando, a imprensa não sabe o que está publicando e a população não sabe o que está acontecendo. é o Brasil para todos". J. R. Guzzo, na Veja.

Feliz Páscoa, pai.




 

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