quarta-feira, 28 de março de 2012

Por vezes, a maior prova de inteligência é a recusa em aprender (Rubem Alves)

Desprovido de uma amizade cara -eu, que de poucos amigos sempre padeci-, ainda lamento o episódio. Uma pena que um amigo querido tenha conduzido de forma tão infantil uma banalidade. Leonardo, se tivesse mentido, não assumisse o erro que cometeu e ainda quisesse responsabilizar um inocente, levaria uns tapas na bunda. Sérgio talvez tenha precisado em algum momento de uns bons tabefes, em algum momento de sua vida. Quanto à sua avó inglesa, que o criou e de que ele tanto se orgulha, pode até ser que a culpa seja também dela, pois pelo que observo a criação em referência não foi das melhores. Quanto ao uso de ditados populares por parte de meu ex-amigo, cabe aqui um bem conhecido, como resposta: 'quem não te conhece, que te compre'.

Morreu Millôr Fernandes, grande intelectual brasileiro, que deixará uma lacuna enorme em nossa inteligência. Vou acumulando minhas consternações, sabe-se lá até quando.

Nordeste? Pode ser...

Minha avó não era inglesa aristocrática, e sim alagoana e analfabeta. A outra, que mal conheci, portuguesa imigrante e não menos iletrada, até onde eu saiba. Meu pai era alagoano, servente de pedreiro e alfabetizou-se sozinho, para poder realizar o sonho de tirar carteira de motorista. Demorei um pouco a tomar vergonha na cara, confesso, mas não precisei chegar aos 65 anos para aprender a separar o certo do errado, e até hoje me envergonho das vezes em que fui irresponsável, inconsequente, hipócrita, desonesto, covarde, maldoso. Quando um homem chega a esta idade e suas atitudes divergem de seu discurso, então o caso é patológico, carece de ajuda médica. Quaanto a mim, resta mais uma vez lamentar e correr para junto dos meus livros.

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