domingo, 11 de março de 2012

Felizmente existem os livros. Podemos esquecê-los numa prateleira ou num baú, deixá-los entregues ao pó e às traças, abandoná-las na escuridão das caves, podemos não lhes por os olhos em cima nem tocar-lhes durante anos e anos, mas eles não se importam, esperam tranquilamente, fechados sobre si mesmos para do que nada do que têm dentro se perca (José Saramago)

Fazia tempo que eu não me sentia tão feliz quanto neste final de semana, ao receber a visita do velho amigo Ronaldo Ricciotti e seus dois pequenos filhos, Lucas e Matheus, na Casa. Uma alegria, a pizza de sábado, o Lambrusco gelado, os chocolates de sobremesa e a conversa fluindo solta em meio a recordações amigas, confissões e boas gargalhadas -como quando éramos apenas dois sonhadores gastando sola de tênis pelas ruas de Santos, com muitas canções na boca e incertezas no coração. O único amigo com quem chorei doído, o único a quem dei meus abraços mais sinceros, um irmão de verdade com quem posso conversar sem receios e sem reservas. Sua estada em Campos do Jordão me trouxe a impressão que sim, amizades verdadeiras existem, apesar de a vida geralmente não se preocupar muito com elas. Meu silêncio de agradecimento, por ter vivido estes momentos.

Nada de novo na Folha. Os artigos da segunda páginas estão comuns demais, ordinários demais. Nada que se destaque. Na Ilustrada, entrevista com Paulo Henriques Britto, professor, poeta e tradutor. Um único verso para os guardados. Algo novamente sobre Cohen, que voltou à baila.

Na manhã de domingo, Rachmaninoff no Quarto-Verde.

Outra reprise da entrevista de Mario Vargas Llosa para o Escritores em Primeiro Plano, no Futura. Dispensável para quem já viu mais de uma vez.

Na tarde chuvosa de domingo, assitimos ao Amor Nos Tempos do Cólera e a um show do Quarteto em Cy.


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